06 abril 2008

Em Louvor da Prece (Pelo Espírito Emmanuel. Livro: “Livro da Esperança”. Psicografia: Francisco Cândido Xavier)






















"Quando quiserdes orar entrai para o vosso quarto, e, fechada a porta, orai ao Pai, no intimo; e o Pai que vê no intimo, vos recompensará". Jesus ( Mateus, 6:6)


"Orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu.Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau." (Cap. XXVII, 4)


Pediste em oração a cura de doentes amados e a morte apagou-lhes as pupilas, regelando-te o coração; solicitaste o afastamento da prova e o acidente ocorreu, esmagando-te as esperanças; suplicaste a sustação da moléstia, e a doença chegou a infligir-te deformidade completa; imploraste suprimentos materiais, e a carência te bate à porta.


Mas se não abandonares a prece, aliada ao exercício das boas obras,granjearás paciência e serenidade, entendendo,por fim,que a desencarnação foi socorro providencial,impedindo sofrimentos insuportáveis; que o desastre se constituiu em medida de emergência para evitar calamidades maiores; que a mutilação física é defesa da própria alma contra quedas morais de soerguimento difícil, e que as dificuldades da penúria são lições da vida, a fim de que a finança demasiada não se faça veneno ou explosivo nas tuas mãos.


Da mesma forma, quando suplicamos perdão das próprias faltas à Eterna Justiça,não bastam o pranto de compunção e a postura de reverência.

Após o reconhecimento dos compromissos que nos são debitados no livro do espírito, continuamos tão aflitos e tão desditosos quanto antes.

Contudo,se perseverarmos na prece,com o serviço das boas ações que nos atestam a corrigenda,a breve trecho perceberemos que a Lei nos restitui a tranquilidade e a libertação,com o ensejo de apagar as consequências de nossos erros,reintegrando-nos no respeito e na estima de todos aqueles que erigimos à condição de credores e adversários.

Se guardas esse ou aquele problema de consciência,depois de haver rogado perdão à Divina Bondade,sob o pretexto de continuar no fogo invisível da inquietação, não te afastes da prece mesmo assim.

Prossegue orando, fiel ao bem que te revele o espírito renovado.

A prece forma o campo do pensamento puro e toda construção respeitável começa na idéia nobre.

Realmente, sem trabalho que o efetive,o mais belo plano é sempre um belo plano a perde-se.

Não vale prometer sem cumprir.

A oração, dentro da alma comprometida em lutas na sombra,assemelha-se à lâmpada que se acende numa casa desarranjada; a presença da luz não altera a situação do ambiente desajustado e nem remove os detritos acumulados no recinto doméstico, entretanto, mostra sem alarde o serviço que se deve fazer.

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