30 novembro 2011

A Bênção do Trabalho (Pelo Espírito Meimei. Livro: "Pai Nosso". Psicografia: Chico Xavier)





















É pela bênção do trabalho que podemos esquecer os pensamentos que nos perturbam, olvidar os assuntos amargos, servindo ao próximo, no enriquecimento de nós mesmos.

Com o trabalho, melhoramos nossa casa e engrandecemos o trecho de terra onde a Providência Divina nos situou.

Ocupando a mente, o coração e os braços nas tarefas do bem, exemplificamos a verdadeira fraternidade e adquirimos o tesouro da simpatia, com o qual angariaremos o respeito e a cooperação dos outros.

Quem não sabe ser útil não corresponde à Bondade do Céu, não atende aos seus justos deveres para com a humanidade e nem retribui a dignidade da pátria amorosa que lhe serve de mãe.

O trabalho é uma instituição de Deus.

É pela bênção do trabalho que podemos esquecer os pensamentos que nos perturbam, olvidar os assuntos amargos, servindo ao próximo, no enriquecimento de nós mesmos.

Com o trabalho, melhoramos nossa casa e engrandecemos o trecho de terra onde a Providência Divina nos situou.

Ocupando a mente, o coração e os braços nas tarefas do bem, exemplificamos a verdadeira fraternidade e adquirimos o tesouro da simpatia, com o qual angariaremos o respeito e a cooperação dos outros.

Quem não sabe ser útil não corresponde à Bondade do Céu, não atende aos seus justos deveres para com a humanidade e nem retribui a dignidade da pátria amorosa que lhe serve de mãe.

O trabalho é uma instituição de Deus.

SENDA DE PERFEIÇÃO

Quem move as mãos no serviço,
Foge à treva e à tentação.
Trabalho de cada dia
É senda de perfeição.

29 novembro 2011

Na Presença do Cristo (Pelo Espírito Emmanuel. Livro: "Livro da Esperança". Psicografia: Chico Xavier)











“Em verdade vos digo que o Céu e a Terra não passarão sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único jota e um único ponto.”
Jesus (Mateus, 5:18)


“O Cristo foi o Iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangélico Cristã, que há-de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; que há de fazer brotar de todos os corações a caridade e o amor do próximo e estabelecer entre os humanos uma solidariedade comum; de uma perfeita moral, enfim, que há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam.”

(Cap. 1, item: 9)



A ciência dos homens vem liquidando todos os problemas, alusivos ao reconforto da Humanidade.

Observou a escravidão do homem pelo próprio homem e dignificou o trabalho, através de leis compassivas e justas.

Reconheceu o martírio social da mulher que as civilizações mantinham em multimilenário regime de cativeiro e conferiu-lhe acesso às universidades e profissões.

Inventariou os desastres morais do analfabetismo e criou a grande imprensa.

Viu que a criatura humana tombava prematuramente na morte, esmagada em actividade excessiva pela própria sustentação e deu-lhe a força motriz.

Examinou o insulamento dos cegos e administrou-lhes instrução adequada.

Catalogou os delinquentes por enfermos transformou prisões em penitenciárias escolas.

Comoveu-se, diante das moléstias contagiosas, e fabricou a vacina.

Emocionou-se, perante os feridos e doentes desesperados, e inventou a anestesia.

Anotou os prejuízos da solidão e construiu máquinas poderosas que interligassem os continentes.

Analisou o desentendimento sistemático que oprimia as nações e ofereceu-lhes o livro e o telégrafo, o rádio e a televisão que as aproxima na direção de um mundo só.

Entretanto, os vencidos da angústia aglomeram-se na Terra de hoje como enxameavam na Terra de ontem...

Articulam-se todas as formas e despontam de todas as direções.

Perderam o emprego, que lhes garantia a estabilidade familiar e desorientam-se abatidos; à procura de pão, foram despejados de teto, hipotecado a solução de constringentes necessidades e vagueiam sem rumo.

Encontram-se despojados de esperança pela deserção dos afectos mais caros e abeiram-se do suicídio.

Caíram em perigosos conflitos da consciência e aguardam leve sorriso que os reconforte.

Envelheceram sacrificados pelas exigências de filhos queridos que lhes renegaram a convivência nos dias da provação e amargam doloroso abandono.

Adoeceram gravemente e viram-se transferidos da equipe domestica para os azares da mendicância.

Transviaram-se no pretérito e renasceram, trazendo no próprio corpo os sinais aflitivos das culpas que resgatam, pedindo cooperação.

Despediram-se dos que mais amavam no frio portal do túmulo e carregam os últimos sonhos da existência cadaverizados agora no esquife do próprio peito.

Abraçaram tarefas de bondade e ternura e são mulheres supliciadas de fadiga e de pranto, conduzindo os filhinhos que alimentam à custa das próprias lágrimas.

Gemem, discretos, e surgem na forma de crianças, desprezadas, à maneira de flores que a ventania quebrou, desapiedada, no instante do amanhecer.

Para eles, os que tombaram no sofrimento moral, a ciência dos homens não dispõe de recursos.

É por isso que Jesus, ao reuni-los em multidão, no topo do monte, desfraldou a bandeira da caridade, e proclamando as bem-aventuranças eternas, no-los entregou por filhos do coração...

Companheiro da Terra, quando estendes uma palavra consoladora ou um abraço fraterno, uma gota de bálsamo ou uma concha de sopa, aliviando os que choram, estás diante deles, na presença do Cristo, com quem aprendemos que o único remédio capaz de curar as angústias da vida nasce do amor, que derrama, sublime, da ciência de Deus.

28 novembro 2011

Bagatelas (Pelo Espírito André Luiz. Livro: "Doutrina E Aplicação". Psicografia: Chico Xavier)























O século é fruto dos dias.
O rio nasce da fonte oculta.
A árvore procede do embrião.
A linha é uma sucessão de pontos minúsculos.
A jornada de cem léguas origina de um passo.
O discurso mais nobre principia numa palavra.
O livro inicia-se com uma letra.
A mais bela sinfonia começa numa nota.
A seda mais delicada é uma congregação de fios.

De bagatelas é constituída a hora do homem.

Todavia, sem que venhamos a executar os pequeninos deveres, quais se fossem grandes, jamais alcançaremos as grandes realizações com a simplicidade que nos deve assinalar o caminho.

26 novembro 2011

Comece Hoje Mesmo (Pelo Espírito Agar. Livro: "Nosso Livro". Psicografia: Chico Xavier)






















Meu amigo,se a dor lhe bate à porta,lembre-se dos benefícios de que é portador e não desfaleça.

A Bondade Divina não articula pensamentos para o mal.

A ferida que dilacera ou o desgosto que perturba, temporariamente, costuma encerrar incalculáveis recursos de elevação.

Tenha paciência e não esmoreça no bem.

Se a desorientação lhe entrava os passos, use a prece. A oração realiza milagres.

Se possível, reúna aqueles que você ama, dentro da mesma vibração de confiança no culto do Pai Celestial.

Se está doente e desalentado, peça a bênção do Senhor para o copo de água fria que lhe atende à sede, porque da Fonte Divina fluem substâncias de paz e restauração para quantos lhe pedem socorro ao sublime poder.

Se você permanece em desespero, não permita que a sua desventura culmine em gestos de suprema revolta.

Espere mais tempo, antes de qualquer resolução inapelável e injusta.

Amanhã, o dia renascerá transformado.

As circunstâncias se modificam, de minuto a minuto, e os reveses de agora serão alegrias no porvir.

Teça, com serenidade, a sua auréola de ventura porvindoura, aproveitando os ensinamentos que a dor lhe trouxe ao coração.

Não tema as dificuldades e prossiga com Jesus para a frente.

Busque a presença do Divino Amigo, em seus pensamentos e, na própria luta, encontrará infinitos motivos de reconforto e beleza, bom ânimo e paz.

Inicie o abençoado serviço da oração, hoje mesmo, e amanhã, provavelmente, você começará a rejubilar-se na colheita de luz.

Icebergs Rajados (Desconheço O Autor)



















25 novembro 2011

Auto-Doação (Pelo Espírito Joanna De Ângelis. Livro: "Espírito E Vida". Psicografia: Divaldo Pereira)
























"893. Qual a mais meritória de todas as virtudes? "Toda virtude tem seu mérito próprio porque todas indicam progresso na senda do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade". O LIVRO DOS ESPÍRITOS




Aprende a doar-te, se desejas atingir a prática legítima do Evangelho. Pregador que se alça à tribuna dourada, derramando conceitos brilhantes mas não se gasta nos labores que propõe é apenas máquina de falar, inconsciente e inconsequente.

O verdadeiro aprendiz da Boa Nova está sempre a postos.

Se convidado a dar algo, abre a bolsa humilde, e, recordando-se da parábola da viúva pobre, oferta o seu óbulo sem constrangimento.

Se chamado a dar-se, empenha-se no trabalho, gastando-se em amor, consumindo as energias recordando o Mestre na carpintaria nobre.

Há muita gente nas fileiras do Cristianismo que ensina com facilidade, utilizando linguagem escorreita, falando ou escrevendo, mas logo que é convocada a dar ou doar-se recua apressadamente ferida no amor próprio.

Prefere as posições superiores de mando, distante das honrosas situações do serviço.

Pode ser comparada a parasitas em alta posição na árvore de que se nutrem, inúteis.

Em comezinhos exemplos, encontrarás, no quotidiano, o ajudar-gastando-se.

A pedra que afia a lâmina, consome-se no mister.

A grafite que escreve, desaparece enquanto registra.

O sabão que higieniza, dissolve-se, atendendo ao objetivo.

Em razão disso, não receies sofrer nas tarefas a que te propões.

São os maus que te necessitam. Os enfermos te aguardam e os infelizes confiam em ti.

Pede a ti mesmo, algo por ele, e embora o teu verbo não tenha calor nem a tua pena seja portadora da fraseologia retumbante, haverá sempre muita beleza em teus atos e muita bondade em teus gestos quando dirigidos àqueles para quem, afinal, a Boa Nova está no mundo, recordando que Jesus, após cada pregação sublime, dava-se a si mesmo para a felicidade geral.

A estes oferecia a palavra de alento e paz.

Àqueles ministrava, compassivo, lições de vida e gestos de amor.

A uns abria os olhos fechados ou os ouvidos moucos.

A outros lavava as mazelas em forma de pústulas ou recuperava a paz, afastando os Espíritos infelizes.

E a todos se doava, sem cessar, cantando a Boa Nova e vivendo-a entre os sofredores até a Cruz, que transformou em ponte de luz na direção da Vida Imperecível.

24 novembro 2011

Caminhos (Pelo Espírito Meimei. Livro: "Visão Nova". Psicografia: Chico Xavier)




















Quem te definiu por benfeitor daqueles a quem desataste as cadeias de sofrimento, quando estendias a mão para auxiliar?

Não olvides que ajudavas também a ti mesmo, construindo os caminhos da própria libertação.

Esses corações enregelados no frio do desencanto, que trazes de novo ao sol da vida, brilharão amanhã por luzeiros de consolo para teus olhos, quando a sombra te enevoar a visão e essas almas atormentadas, que arrebatas ao incêndio de transes arrasadores, para mitigar-lhes a sede na taça de teu carinho, ser-te-ão, de futuro, quais fontes de água fresca, quando as provas do mundo te descerrarem aos pés o trilho de sarça ardente.

Essas crianças famintas que conchegas de encontro ao peito, surgirão mais tarde, por vasos de luz para a tua esperança e esses amigos desfalecentes, que o mundo situa agora nos vales da enfermidade e da prostração, erguidos por teus braços, serão como pontes providenciais, facilitando-te a passagem, quando pedras e espinhos te dificultarem a marcha.

Cada ouvido a que chegue tua mensagem de entendimento será uma voz, que falará aos ouvidos do mundo, em favor de teu ideal.

Segue amando e servindo sempre.

Muitos estacionarão para sorrir ante a história da víbora que o inverno entorpecera... Encontrada por um devoto foi por ele piedosamente reaquecida, mas eis que, voltando ao calor e ao movimento, mordeu-lhe as mãos de amigo, inoculando-lhes peçonha mortal.

Essa lenda, no entanto, foi inventada pela imaginação do pessimismo para os lazeres da indiferença.

Procurarás, no entanto, por tua vez, o Mestre Divino e contar-te-á o Senhor a apoteose da cruz, que, recebida por Ele entre o silêncio do perdão e as preces de amor, se converteu numa escada de triunfo e ressurreição, para que se lhe expandisse a vitória nos Céus.

23 novembro 2011

Felizes e Infelizes (Pelo Espírito Emmanuel. Livro: "Opinião Espírita". Psicografia: Chico Xavier e Waldo Vieira)


















O conceito espírita da Felicidade nem sempre enxerga os felizes onde o mundo os coloca.

Há pessoas que requisitam conforto demasiado, na preocupação de serem felizes, e acabam infelizes, estiradas no tédio.

Criaturas aparecem, pleiteando destaque e, em se crendo ditosas por obtê-lo, confessam-se infortunadas depois, quando se reconhecem inabilitadas para os encargos que receberam.

Há felizes nas mesas lautas, comprando enfermidades com os excessos a que se afeiçoam e infelizes, na carência material, entesourando valores imperecíveis, no proveito das lições que o mundo lhes reservou.

Em toda parte, surpreendemos os felizes de saúde, que abusam da rubustez, caindo na desencarnação prematura, e os infelizes de doença, que senhoreiam longa vida pelo respeito que dedicam ao corpo.

Em todos os lugares, os contrastes aparentemente chocantes... Situações risonhas, muitas vezes, geram suplícios porvindouros, por não saber quem as possui, empregar criteriosamente a felicidade que lhes foi emprestada. Aqui e além, surgem, sem conta, os felizes-infelizes nos enganos a que se arrojam e os infelizes-felizes, nas provações em que se elevam.

Sócrates, considerado infeliz, é o pai da filosofia.

Anytos, imaginado feliz, ainda hoje, no conceito do mundo, é o carrasco.

Jesus, suposto infeliz, é o renovador do mundo.

Barrabás, julgado feliz, até agora, na memória dos homens, é o malfeitor.

Apliquemos o entendimento espírita aos acontecimentos cotidianos e verificaremos que os felizes e os infelizes não estão qualificados pela abastança ou pela indigência que entremostrem nos quadros exteriores. São e serão sempre aqueles que, em qualquer circunstância, edificam a felicidade para os outros, de vez que as leis da vida determinam seja a criatura medida pelas outras criaturas, especificando que a felicidade ou a infelicidade articuladas por alguém, nos caminhos alheios, se voltem, matematicamente, para quem os formou.

22 novembro 2011

A Arrogância da Força (Paulo Coelho)

























A aldeia estava ameaçada por uma tribo de bárbaros. Os habitantes foram abandonando suas casas, e fugindo para um local mais seguro. No final de um ano, todos haviam partido – exceto um grupo de jesuítas.

O exército bárbaro entrou na cidade sem resistência, e fizeram uma grande festa para comemorar a vitória.

No meio do jantar, um padre apareceu. “Vocês entraram aqui, e afastaram a paz do lugar. Peço, por favor, que partam sem demora”.

“Por que você ainda não fugiu?”, gritou o chefe bárbaro. “Não vê que eu posso atravessá-lo com minha espada, sem piscar um olho?”

O padre respondeu calmamente: “não vê que eu posso ser atravessado por uma espada, sem piscar um olho?”.

Surpreso pela serenidade diante da morte, o chefe bárbaro e sua tribo abandonaram o lugar no dia seguinte.

21 novembro 2011

Mensagem (Pelo Espírito Maria João de Deus. Livro: "Tempo e Amor". Psicografia: Chico Xavier)

























Minhas irmãs em Cristo


Elevo meu sincero voto à Mãe Excelsa de Jesus para todos vossos corações experimentem o orvalho de seu amor desvelado e constante.

Nós, hoje, estudamos o Evangelho com lágrimas, no labor de nossa tenda humilde. Nossas lágrimas, contudo, não são as do mundo, que varrem as almas, como tempestades de fogo, no torvelinho das paixões. Foram para o nosso espírito a chuva benéfica que fecunda a terra dos sentimentos. Sentimentos a união das esperanças em torno do Mestre Divino e recordamos a Sua infinita misericórdia. É o nosso regresso ao Seu aprisco de amor inesgotável; é a ânsia de integração na substância de Sua exemplificação imortal.

A igreja doméstica erige-se novamente no íntimo santuário dos nossos corações. As mulheres modernas, nossas pobres irmãs em humanidade, costumam perder-se na imitação falsa dos labores que Deus destinou aos homens, na constituição de seus deveres sagrados.

Em todos os lugares, há um apelo criminoso e uma sugestão infeliz para que o coração feminino perca as suas características de ternura. Em toda a parte, falsas ideologias concitam a mulher a realizações desesperadas. Generaliza-se o esquecimento de que elas foi confiada a missão da vida, que, muitas vezes se executa em silêncio, como o trabalho do Todo-Poderoso, que todas as criaturas parecem ignorar.

Todas as edificações grandiosas do mundo pertencem a Deus e, apesar disso, somente os nomes transitórios de homens falíveis surgem, na publicidade de cada dia, quando todas as boas dádivas representam uma real dispensão dos céus.

Em todos os tempos os homens fizeram as batalhas, destruindo os caminhos da vida, destruindo instituições ou intoxicando patrimônios, porém, a mulher, na excelsitude de sua tarefa, foi sempre a jardineira de Jesus, plantando as flores da vida sobre as devastações dos movimentos destruidores, como a primavera que enfeita de rosas uma casa desprezada, em dolosas ruínas...

Irmãs muito amigas, nos espaços mais próximos da Terra, também existem colégios de preparação e de amor das almas femininas para revelação permanente das glórias de Deus. Procuremos saturar o coração da prece e da vigilância Daquela que, em Nazaré, soube esperar os desígnios santos do Céu a Seu respeito.

Seu manto constelado de toda as virtudes se abre generosamente para nós como um pálio divino. Saibamos compreendê-la, desde a Manjedoura até o Calvário. Seu exemplo é a luz de todos os séculos para a missionária do Cristo no seu esforço de redenção.

Transformemos o lar no templo de cada hora, onde a fé seja um ensino de todos os instantes, a dor um motivo de resgate venturoso, a esperança uma aurora perene e o amor uma fonte daquela Água viva que dessedenta toda sede coração.

Que outras criaturas frágeis e pobres se façam ao mar revolto das ilusões e das amarguras que lhe são conseqüentes, que outras desfraldem bandeiras novas na estrada das experimentações inconvenientes e tristes!... Fiquemos nós com Jesus, colocando bem alto o Seu exemplo e o Seu amor.

Esta é a pobre lembrança de vossa irmã e serva muito humilde.

20 novembro 2011

A Fé Vitoriosa (Pelo Espírito Néio Lúcio. Livro: "Jesus no Lar". Psicografia: Chico Xavier)




















Destacava André certas dificuldades na expansão dos novos princípios redentores de que o Mestre se fazia emissário e se referia aos fariseus com amargura violenta, concitando os companheiros à resistência organizada.

Jesus, porém, que ouvia com imperturbável tolerância a argumentação veemente, asseverou tão logo se estabeleceu o silêncio:

— Nenhuma escola religiosa triunfará com o Pai, ausentando-se do amor que nos cabe cultivar uns para com os outros.

E talvez porque se manifestasse justificada expectativa em torno dos apólogos que a Sua divina palavra sabia tecer, contou, muito calmo:

— Na época da fé selvagem, três homens primitivos com as suas famílias se localizaram em vasta floresta e, findo algum tempo de convívio fraternal, passaram a discutir sobre a natureza do Criador.

Um deles pretendia que o Todo-Poderoso vivia no trovão, outro acreditava que o Pai residisse no vento,e o terceiro, que Ele morasse no Sol.

Todos se sentiam filhos dEle, mas queriam à viva força a preponderância individual nos pontos de vista.

Depois de ásperas altercações, guerrearam abertamente.

Um dos três se munira de pesada carga de minério, outro reuniu grande acervo de pedras e o último se ocultara por trás de compacto monte de madeira.

Achas de lenha e rudes calhaus eram as armas do grande conflito.

Invocavam todos a proteção do Supremo Senhor para os seus núcleos familiares e empenhavam-se em luta.

E tamanhas foram as perturbações que espalharam na floresta, prejudicando as árvores e os animais que lhes sofreram a flagelação, que o Todo-Compassivo lhes enviou um anjo amigo.

O mensageiro visitou-lhes o reduto, na forma de um homem vulgar, e, longe de retirar-lhes os instrumentos com que destruíam a vida, afirmou que os patrimônios de que dispunham eram todos preciosos entre si, elucidando-os tão-somente de que necessitavam imprimir nova direção às atividades em curso.

Explicou-lhes que os três estavam certos na crença que alimentavam, porque Deus reside no Sol que sustenta as criaturas, no vento que auxilia a Natureza e no trovão que renova a atmosfera.

E, com muita paciência, esclareceu a todos que o Criador só pode ser honrado pelos homens através do trabalho digno e proveitoso, ensinando o primeiro a transformar os duros fragmentos de minério em utensílios para o trato da terra, nas ocasiões de sementeira; ao segundo, a converter as achas de lenha em peças valiosas ao bem-estar, e, ao terceiro, a utilizar as pedras comuns na edificação de abrigos confortáveis, acrescentando, em tudo, a boa doutrina do serviço pelo progresso e aperfeiçoamento geral.

Os contendores compreenderam, então, a grandeza da fé vitoriosa pela ação edificante, e a discórdia terminou para sempre...

O Mestre fez pequena pausa e aduziu:

— Em matéria religiosa, cada crente possui razões respeitáveis e detém preciosas possibilidades que devem ser aproveitadas no engrandecimento da vida e do tempo, glorificando o Pai.

Quando a criatura, porém, guarda a bênção do Céu e nada realiza de bom, em favor dos semelhantes e a benefício de si mesma, assemelha-se ao avarento que se precipita no inferno da sede e da fome, no intuito de esconder, indebitamente, a riqueza que Deus lhe emprestou.

Por isto mesmo, a fé que não ajuda, não instrui e nem consola, não passa de escura vaidade do coração.

Pesado silêncio desceu sobre todos e André baixou os olhos tímidos, para melhor fixar a mensagem de luz.

19 novembro 2011

Escalada (Pelo Espírito Meimei. Livro: "Palavras do Coração”. Psicografia: Chico Xavier)




















A pedra perguntou ao martelo que a espancava:

-Por que me quebras assim?

O martelo não respondeu, contudo, em breve tempo, o bloco burilado se fez destaque na base de formoso edifico.

O minério indagou do forno superaquecido que o transmutava:

Dize a razão pela qual me enlouqueces de sofrimento.

O forno silenciou, no entanto, depois de alguns dias, apareceu na condição do aço em alto preço.

O tronco argumentou com a lâmina que o serrava:

Por que me atormentas?

A lâmina permaneceu muda, mas, após algumas semanas, o tronco dividido em folhas diversas, era a estrutura principal de um barco importante.

O barro interrogou ao molde que o constringia:

Por que me oprimes tanto?

O molde não formulou resposta alguma, entretanto, além de algum tempo surgiu na loja por vaso raro.

O Homem igualmente, vezes sem conta, interpela Deus:

Senhor, porque me martirizas e me afliges?

Deus, porém, não responde.

Acontece que o espírito humano dispõe de livre arbítrio para aceitar ou não a dor que o aperfeiçoa.

Enquanto recalcitra contra as leis do progresso e do aprimoramento próprio, sofre e deblatera, indefinidamente, no entanto, quando se decide a obedecer aos princípios que lhe controlam a escalada para a Grandeza Suprema do Universo, chega sempre o dia no qual vem a saber os prodígios de sabedoria e amor, luz e beleza em que Deus o
transformará.

18 novembro 2011

Começar Outra Vez (Pelo Espírito Maria Dolores. Livro: "Vida em Vida". Psicografia: Chico Xavier)
























OBS: Esse livro foi ditado por diversos Espíritos.



Alma querida,escuta!...Entre os lances do mundo,
Se escorregaste à beira do caminho
E caíste, talvez, em pleno desalinho,
Na sombra que te faz descrer ou desvairar,
Ante a dor que visita, a renovar-te anseios,
Não desprezes pensar! ... Levante-te e confia,
Porque a vida te pede, abrindo-te outro dia:
- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...

Ergue-te regressando à estrada justa,
Contempla a terra amiga em derredor,
Vê-la-ás, pormenor em pormenor,
Por mãe que sofra e sangra, a recriar ...
Medita na semente à sós, que o lavrador sepulta...
Quando alguém a supõe, humilhada e indefesa,
Ressurge em brilho verde, ouvindo a Natureza:
- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...

Fita o perfurador rasgando as entranhas da gleba;
O homem que o maneja, a golpes persistentes,
Pesquisa, sem cessar, todos os continentes,
Do deserto escaldante aos recessos do mar...
E eis que a lama oleosa, esquecida há milênios,
Trazida à flor do chão, é ouro e combustível,
Que o progresso conclama em ordem de alto nível:
- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...

Toda força lançada em desvalia
Quando erguida, de novo, em apoio de alguém,
Retoma posição no serviço do bem,
Utilidade viva a circular...
Olha a pedra moída, em função do cimento
E o barro que assegura a gestação do trigo,
Falando a todos nós, em tom seguro e amigo:
- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...

Assim também, alma fraterna e boa,
Se caíste em momentos infelizes,
Não te abatas, nem te marginalizes,
Levanta-te e retoma o teu próprio lugar!...
Aceita os grilhões das provas necessárias,
Esquece, age, abençoa, adianta-te e lida,
E escutarás a voz da Lei de Deus na vida:
- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...

17 novembro 2011

Tranquilizante (Pelo Espírito Emmanuel. Livro: “Busca e Acharás". Psicografia: Chico Xavier)

























Não são os problemas da vida em si que nos agravam a tensão nervosa... São as questões-satélites que nascem de nossas dificuldades para aceitá-los.

Quantas vezes, pervagamos na Terra, sofrendo emoções desequilibradas, diante de companheiros queridos que não desejam, por agora, o nosso modo de ser? E em quantas outras nos atormentamos inutilmente, perante obstáculos complexos que claramente não nos será possível liquidar em apenas um dia?

Entretanto, observemos:

- enfermidades aparecerão sempre no mundo, pedindo tratamento e não inconformidade para as melhoras precisas;

- entes amados em luta são telas de rotina, solicitando entendimento e não atitudes condenatórias para alcançarem o reequilíbrio;

- erros nossos e faltas alheias fazem parte do nosso aprendizado na escola da experiência, exigindo calma e não censura para serem retificados;

- tentações são inevitáveis, em todos os sentidos, nos climas de atividade indispensáveis à nossa formação de resistência, reclamando serenidade e não agitação para serem extintas.

Em todas as situações aflitivas, use a prece como sendo o nosso melhor tranquilizante no campo do espírito.

E quando problemas apareçam, não se deixe arrastar nas labaredas da angústia.

Você pode ficar em paz.

Para isso, basta que você trabalhe e deixe Deus decidir.

16 novembro 2011

Trabalha, Espera e Confia (Pelo Espírito Maria Dolores. Livro: "Assembléia de Luz". Psicografia: Chico Xavier)




















OBS: Esse livro foi ditado por diversos Espíritos.




Ah! coração fatigado,
Na aflição que te vigia,
Nunca te percas da fé;
Trabalha, espera, confia.

Por mais lutes, mais avanças
Em triste, espinhosa via...
Não esmoreças, contudo;
Trabalha, espera, confia.

Cada hora te parece
Nova dor que se anuncia...
Não te afundes em revolta;
Trabalha, espera, confia.

Já não sabes o tamanho
Da prova que te assedia;
Mesmo assim, prossegue à frente;
Trabalha, espera, confia.

Encontras, a cada passo,
Desprezo, descortesia...
Desculpa, servindo mais;
Trabalha, espera, confia.

Entre os seres mais amados,
Padeces desarmonia;
Não faltes à paciência;
Trabalha, espera, confia.

Sonhaste calma ventura
E sofres em demasia...
No entanto, aguarda o futuro;
Trabalha, espera, confia.

Não temas, nem desesperes,
Toda sombra é fugidia.
O sol brilha, a nuvem passa...
Trabalha, espera, confia.

Para a cura de ansiedade,
Angústia, melancolia,
Usa a receita de sempre:
Trabalha, espera, confia.

Cada manhã, Deus te fala,
Na bênção de novo dia:
- Se queres felicidade,
Trabalha, espera, confia.

15 novembro 2011

Para Refletir (Emmanuel)



















"Todas as disciplinas referentes ao aprimoramento do cérebro são facilmente encontradas nas universidades da Terra, mas a família é a escola do coração, erguendo entes amados à condição de professores do espírito".

14 novembro 2011

Para Refletir (Isaías 41:10)



















"Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou o teu Deus; Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a Minha destra fiel. (Isaías 41:10)”

13 novembro 2011

Para Refletir (Emmanuel)

















"Quem serve no amor do Cristo sabe que a boa palavra e o gesto de carinho, o pedaço de pão e a peça de vestuário, o frasco de remédio e a xícara de leite operam maravilhas".

12 novembro 2011

Para Refletir (André Luiz)















"Nos campos da convivência, é preciso saber suportar os outros, para que sejamos suportados".

11 novembro 2011

No Rumo do Amanhã (Pelo Espírito Emmanuel. Livro: “Palavras de Vida Eterna". Psicografia: Chico Xavier)














"Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?"
Jesus (Marcos, 8:36.)


Lembra-te de viver, conquistando a glória eterna do Espírito.

Diariamente retiram-se da Terra criaturas cujo passo se imobiliza nos angustiosos tormentos da frustração...

Estendem os braços para o ouro que amontoaram, contudo... esse ouro apenas lhes assegura o mausoléu em que se lhes guardam as cinzas.

Alongam a lembrança para o nome em que se ilustraram nos eventos humanos, todavia... quase sempre a fulguração pessoal de que se viram objeto apenas lhes acorda o coração para a dor do arrependimento tardio.

Contemplam o campo de luta em que desenvolveram transitório domínio, mas... não enxergam senão a poeira da desilusão que lhes soterra os sonhos mortos.

Sim, em verdade, passaram no mundo em carros de triunfo na política, na fortuna, na ciência, na religião, no poder...

No entanto, incapazes do verdadeiro serviço aos semelhantes, enganaram tão somente a si próprios, no culto ao egoísmo e ao orgulho, à intemperança e à vaidade que lhes devastaram a vida.

E despertaram, além da morte, sem recolher-lhe a renovadora luz.

Recorda os que padecem na derrota de si mesmos, depois de se acreditarem vencedores, dos que choram as horas perdidas, e procura, enquanto é hoje, enriquecer o próprio espírito para o amanhã que te aguarda, porque, consoante o ensino do Senhor, nada vale reter por fora o esplendor de todos os impérios do mundo, conservando a treva por dentro do coração.

10 novembro 2011

Para Refletir (Clarice Lispector)























"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento".

09 novembro 2011

Deus Te Sustentará (Pelo Espírito Emmanuel. Livro: ""Tempo de Luz", Psicografia: Chico Xavier)






















Se alguém te engana e perdoas a esse alguém, sem pedir contas, Deus te fortalecerá na jornada para a frente...

Se alguém cria meios de fazer-te chorar e procuras sorrir, em auxílio aos outros que necessitam de ti, Deus te revestirá de forças novas, a fim de que a paz esteja contigo.

Se alguém se te atravessa no caminho, apropriando-se de vantagens que talvez viessem a pertencer-te e sabes olvidar aborrecimentos e prejuízos em favor do contentamento alheio, Deus te guiará para conquistas mais valiosas.

Se alguém te censura, injustamente, e consegues esquecer azedumes e agravos, Deus te garantirá com energias novas para que prossigas em serviço, dissipando a sombra em que te buscam envolver.

Se alguém duvida de tua sinceridade e continuas servindo por amor a todos aqueles que confiam em ti, Deus te fará justiça no momento oportuno.

Se alguém te subtrai a estima e a presença daqueles que mais amas e aceitas a prova, compreendendo que os entes queridos podem ser felizes sem o teu devotamento,Deus te anestesiará o coração, a fim de que continues caminhando no rumo de alegrias maiores e mais belas do que quantas já conheceste.

À frente de quaisquer forças negativas, pensa no bem, desculpa e esquece, empenhando-te a construir e reconstruir em favor do melhor...

Ama compreendendo, para que possas realmente servir.

Em qualquer circunstância, recorda que Deus não nos abandona.

A cada novo dia, entrega-te a Deus, e Deus te sustentará.

08 novembro 2011

07 novembro 2011

Para Refletir (Chico Xavier)




















“Se Allan Kardec tivesse escrito que ´fora do Espiritismo não há salvação´, eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu ´ Fora da Caridade´, ou seja, fora do Amor não há salvação.”

06 novembro 2011

Para Refletir (Clarice Lispector)


























"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite".

05 novembro 2011

Para Refletir (Chico Xavier)
















"Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar. Age auxiliando. Serve sem apego. E assim vencerás."

04 novembro 2011

Para Refletir (Salmos 34:15)























"Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos ao seu clamor."

03 novembro 2011

Para Refletir (Sigmund Freud)






















"O primeiro humano que insultou seu inimigo em vez de atirar-lhe uma pedra foi o fundador da civilização".

02 novembro 2011

Eles Virão (Pelo Espírito Emmanuel. Livro: "Nascer e Renascer". Psicografia: Francisco Cândido Xavier)

















Nos momentos difíceis, detém-te nos afetos inolvidáveis que te precederam na viagem da grande liberação!... Tê-los-ás presentes, ao recordar-lhes os exemplos de bondade e valor com que superaram as horas de tentação e de sacrifício.

Reencontrarás, sem dificuldade, o ponto de ligação com eles, em algum recanto aparentemente esquecido da memória, no qual ainda vibram as notas do teu cântico de alegria e de gratidão, diante de algum gesto de humanidade e devotamento com que te encorajaram a lealdade e a esperança!...

Lembra-te deles, mas sempre que possível, não lhes peças auxilio para a obtenção de facilidades humanas que não tiveram.

Rearticula-lhes a imagem no pensamento, tal qual os viste, sob a carga das obrigações em que se enobreceram nos testemunhos de fidelidade e trabalho.

Em seguida, roga-lhes inspiração e socorro para que te não falhem as energias no trato com os deveres que a vida te deu a executar.

Solicita-lhes a presença animadora.

Eles virão ao teu encontro e te falarão sem palavras articuladas da ventura que se derrama da consciência tranqüila, fortalecendo-te o ânimo sem te furtarem o lugar no banco das provas.

Não te arrebatarão os pés ao espinho da urze, por saberem que o homem não faz lume na própria alma, sem o vaso da experiência, mas estender-te-ão os braços invisíveis, a te sustentarem as forças, na travessia da vereda escabrosa.

A pouco e pouco, pelo sem-fio do pensamento, te ensinarão que apenas constroem para o bem, aqueles que se dispõem a obedecer e te farão sentir que tudo de bom nas sendas da Terra vem dos que se rendem à disciplina, para que a vida se faça melhor.

Nos instantes de desalento, sobretudo, chama por eles, os amigos cujos olhos físicos a morte selou para abri-los ao sol do Mundo Espiritual e eles virão, por mensageiros de luz, não somente a fim de renovar-te o coração dolorido, mas também para explicar-te que ninguém compra a verdadeira felicidade sem a moeda do amor, lastreada pela riqueza do sofrimento.