31 janeiro 2014

Estudando A Riqueza ( Pelo Espírito Emmanuel. Livro: Dinheiro, Médium. Psicografia: Chico Xavier)


















Não é somente o Rico da Parábola o grande devedor diante da vida.

A fortuna amoedada é, por vezes, simples cárcere.

Há outros avarentos que devemos recordar em nossa viagem para a Luz Maior.

Temos conosco, os sovinas da inteligência, que se ocultam nas floridas trincheiras da inércia; os abastados da saúde que desamparam os aflitos e os doentes; os privilegiados da alegria que cerram as portas aos tristes, isolando-se no oásis de prazer; os felizes da fé que procuram a solidão, a pretexto de se preservarem contra o pecado; os expoentes da mocidade que menosprezam a velhice; os favorecidos da família terrestre, que olvidam os andarilhos da penúria que vagueiam sem lar.

Todos esses ricos da experiência comum contraem pesados débitos para com a Humanidade.

Lembremo-nos de que o Tesouro Real da Vida está em nosso coração.

Quem não pode doar algo de si mesmo, na boa-vontade, no sorriso fraterno ou na palavra sincera de bondade e encorajamento, debalde estenderá as mãos recheadas de ouro, porque só o amor abre as portas da plenitude espiritual e semeia na Terra a luz da verdadeira caridade, que extingue o mal e dissipa as trevas.

A pobreza é mera ficção.

Todos temos algo.

Todos podemos auxiliar.

Todos podemos servir.

E, consoante a palavra do Mestre, "o maior na vida será sempre aquele que se fizer o devotado servidor de todos".


30 janeiro 2014

Antes do Berço (Pelo Espírito André Luiz. Livro: Respostas da Vida. Psicografia: Chico Xavier)
















Antes do berço, na espiritualidade, examinando as suas próprias necessidades de aperfeiçoamento, terá você pedido:

- a deficiência corpórea que induza à elevação de sentimentos;

- a enfermidade de longa duração, capaz de educar-lhe os impulsos;

- essa ou aquela lesão física que favoreça os exercícios de disciplina;

- determinada mutilação que lhe iniba o arrastamento à agressividade exagerada;

- o complexo psicológico que lhe renove as ideias;

- o Lar amargo onde possa aprender quanto vale a afeição;

- o traço de prova que lhe impõe obstáculos no grupo social, a fim de esquecer enquistações de orgulho;

- o reencontro com os adversários do passado, então na forma de parentes difíceis, atendendo a resgate de antigos débitos;

- a impossibilidade temporária para a obtenção de um título acadêmico, de modo a frenar-se contra desmandos intelectuais;

- a internação passageira em ambiente de pauperismo, de maneira a desenvolver a própria habilitação no trabalho pessoal.

Aceite as dificuldades e desafios da existência, porque na maioria das circunstâncias, são respostas da Providência Divina aos nossos anseios de reajuste e sublimação.

29 janeiro 2014

Oração do Pomicultor (Pelo Espírito Meimei. Livro: Diálogo com Deus. Psicografia: Chico Xavier)



















Senhor!

Quando o desânimo me entorpeça o espírito, largando-me à feição de terra seca, dá que a chuva de tuas bênçãos me restaure a coragem.

Quanto a tua proteção me renove as energias, reaquece-me no calor de tua bondade, a fim de que me faça útil.

Quando eu consiga mostrar algum proveito, concede-me o privilégio de trabalhar à maneira das árvores benfeitoras.

Quando, porém, a felicidade de servir me valorize as horas e a tarefa me absorva tempo e repouso, não me deixe desertar do dever com receio do sacrifício.

Ensina-me a permanecer de pé, qual a planta nobre que suporta assaltos da estrada e vicissitudes do tempo, pragas e golpes, agindo em silêncio e auxiliando constantemente sem nunca reclamar para si mesma os próprios frutos.

Senhor!

Apara-me a fim de que eu aprenda obediência e serventia com os vegetais amigos aos quais devo atenção e cuidado e coloca a bênção de tua inspiração sobre os meus desejos, de modo a que obtenha da vida incessante alegria de atender-te aos desígnios.

Assim seja.


28 janeiro 2014

Benignidade (Pelo Espírito Emmanuel. Livro: Palavras de Vida Eterna. Psicografia: Chico Xavier)
















“Sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou” - Paulo (Efésios, 4:32.).


Meditemos na Tolerância Divina, para que não venhamos a cair nos precipícios da violência.

Basta refletir na desculpa incessante do Céu às nossas fraquezas e crueldades, à frente do Cristo, para que abracemos a justa necessidade da compaixão infatigável uns para com os outros.

Desce Jesus da Espiritualidade Solar, dissipando-nos a sombra. Negamos-lhe guarida.

O Supremo Senhor, porém, não nos priva de Sua Augusta Presença.

O Divino Benfeitor exemplifica o Amor incondicional, sanando-nos as mazelas do corpo e da alma, a ensinar-nos a bondade e a renúncia como normas de justa felicidade; contudo, recompensamo-lo com a saliva do escárnio e com a cruz da morte.

A Infinita Sabedoria, no entanto, não nos recusa a herança do Seu Evangelho renovador.

Em nome do Mestre Sublime, protótipo do Amor e da Paz, fizemos guerras de ódio, acendendo fogueiras de perseguição e extermínio; todavia, o Altíssimo Pai não nos cassa a oportunidade de prosseguir caminhando no tempo e no espaço, em busca da evolução.

Reflete na magnanimidade de Deus e não coleciones desapontamentos e mágoas, para que o Bem te encontre à feição de canal seguro e limpo.

Guardar ressentimento e vingança, melindre e rancor, é o mesmo que transformar o coração num vaso de fel.

Segundo a advertência do Apóstolo Paulo, usemos constante benignidade uns para com os outros, porque somente assim viveremos no clima de Jesus, que nos trouxe à vida a ilimitada compaixão, e o auxílio incessante da Providência Celestial.


27 janeiro 2014

À Frente do Desespero (Pelo Espírito Joanna De Ângelis.Psicografia: Divaldo Pereira Franco)

















Dias há nos quais tens a impressão de que mesmo a luz do sol parece débil, sem que consiga fulgir nos panoramas do teu caminho. Tudo são inquietações e ansiedades que pareciam vencidas e que retornam como fantasmas ameaçadoras, gerando clima de sofrimento interior.

Nessas ocasiões, tudo corre mal. Acontecem insucessos imprevistos e contrariedades surgem de muitas situações que se amontoam, transformando-se em óbice cruel de difícil transposição.

Surgem aflições em família que navegava em águas de paz, repontam problemas de conjuntura grave em amigos que te buscam socorros imediatos e, como se não bastassem, a enfermidade chega e se assenhoreia da frágil esperança que, então, se faz fugidia.

Nessa roda-viva, gritas interiormente por paz e sentes indescritível necessidade de repouso. A morte se te afigura uma bênção capaz de liberar-te de tantas dores!...

Refaze, porém, a observação.

Tudo são testemunhos necessários à fortaleza espiritual, indispensáveis à fixação dos valores transcendentes.

Não fora isso, porém, todas essas abençoadas oportunidades de resgate, e a vida calma amolentaria o teu caráter, conspirando contra a paz porvindoura, por adiar o instante em que ela se instalaria no teu imo.

Quando tudo corre bem em volta de nós e de referência a nós não nos dói a dor alheia nem nos aflige a aflição do próximo. Perdemos a percepção para as coisas sutis da vida espiritual, a mais importante, e desse modo nos desviamos da rota redentora.

Não te agastes, pois, com os acontecimentos afligentes que independem de ti.

A família segue adiante, o amor muda de domicílio, a doença desaparece, a contrariedade se dilui, a agressão desiste, a inquietude se acalma se souberes permanecer sereno ante toda dor que te chegue, enquanto no círculo de fé sublimas aspirações e retificas conceitos.

Continua fiel no posto, operário anônimo do bem de todos, e espera.

Os ingratos que se acreditaram capazes de te esquecer lembrar-se-ão e possivelmente volverão: os amigos que te deixaram, os amores que te não corresponderam, aqueles que te não quiseram compreender, quantos zombaram da tua fraqueza e ridicularizaram tua dor envolta nos tecidos da humildade, os que investiram contra os teu anelos voltarão, tornarão sim, pois ninguém atinge a plenitude da montanha sem a vitória pelo vale que necessita vencido.

Tem calma! Silencia a revolta!

Refugia-te na palavra clarificadora do Evangelho Consolador e enxuga tuas lágrimas com as suas lições. Dos seus textos extrai o licor da vitalidade e tece com as mãos da esperança a grinalda da paz para o coração lanhado e sofrido.

Se conseguires afogar todas as penas na oração de refazimento, sairás do colóquio da prece restaurado, e descobrirás que, apesar de tudo acontecer em dias que tais, Jesus luze intimamente nas províncias do teu espírito.

Poderás, então, confiar e seguir firme, certo da perene vitória do amor.


26 janeiro 2014

Espíritas (Pelo Espírito Bezerra de Menezes. Psicofonia: Divaldo Pereira Franco)


















Mensagem transmitida no final da conferência realizada no Auditório Bezerra de Menezes, da Federação Espírita do Estado de São Paulo, na noite de 18 de abril de 2004, por ocasião da Comemoração dos 140 anos do livro "O Evangelho Segundo O Espiritismo" - 1864/2004.



Aos espíritas cumpre a grande tarefa de viver o amor.

Aos espíritas está destinada a grande tarefa de exemplificar o amor em atos, não em palavras. Através da ação por intermédio da vivência, porque o mundo está cansado de ouvir, mas necessitado de estímulo que decorre do exemplo daqueles que vivem o que ensinam.

A união dá-nos o sinal de Jesus, fortalecendo os nossos sentimentos e a unificação dos espíritas.

Sejamos as forças morais e doutrinárias para expansão da mensagem libertadora. Certamente enfrentareis desafios. Tornai-vos pontes que facilitam o acesso de uma para outra margem, neste mundo no qual existem tantos indivíduos que optam pela postura de obstáculos que dificultam o acesso.

Esquecei as vossas divergências e uni-vos nas concordâncias. Deixai à margem o ego perturbador e assumi a situação de filhos do calvário que contemplam a cruz pensando na ressurreição gloriosa.

Espíritas, filhos da alma, aqui estão conosco dentre muitos, também confraternizando nesta noite que dá início à unificação decorrente da união de almas, os companheiros Carlos Jordão da Silva e Luiz Monteiro de Barros, que tanto lutaram pela edificação da identidade do Bem pelo serviço de amor.

A união multiplica os valores, a separação desarma as defesas e naturalmente vem a desagregação. Não postergueis o Evangelho de Jesus, diz-nos o Apóstolo dos gentios.

Avante, dai-vos as mãos, uni-vos no amor com Jesus e com Allan Kardec.

Deixai de lado os melindres, para pensardes na felicidade indizível de glória da Doutrina Espírita e não na exaltação de quem quer que seja.

Espíritas, o tempo urge. Amai. Se não puderdes amar, perdoai; se for difícil perdoar, desculpai; e se encontrardes obstáculos para desculpa, tende compaixão, como nosso Pai tem-na em relação a nós todos, ensejando-nos a bênção da reencarnação para reeducarmo-nos, para recuperarmo-nos, para realizarmos a tarefa que ficou interrompida. na retaguarda.

Que o Senhor de bênçãos nos abençoe, meus filhos, são os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra


25 janeiro 2014

Nosso Irmão (Pelo Espírito Casimiro Cunha. Livro: Caridade, Médium. Psicografia: Chico Xavier)


















Se alguém te fala na rua,
Deitando lamentação,
Não passes despercebido,
Escuta, que é nosso irmão.

Ouviste o parente em casa,
Gritando em voz de trovão,
Não te aborreças por isso,
Tolera, que é nosso irmão.

Transformou-se o companheiro...
Agora, rixa, brigão.
Não te afastes, nem censures,
Suporta, que é nosso irmão.

O amigo a quem mais estimas
Ofendeu-te sem razão...
Não te dês ao derrotismo:
Perdoa, que é nosso irmão.

Padece e chora o vizinho
Problemas em profusão,
Não te demores no auxilio;
Coopera, que é nosso irmão.

Enxergaste o pequenino,
Sem roupa, sem lar, sem pão.
Não permaneças de longe,
Acolhe, que é nosso irmão.

Viste o doente sozinho
No braseiro da aflição;
Não percas tempo em conversa,
Socorre, que é nosso irmão.

Tiveste do adversário
Pedradas de ingratidão...
Calando, segue servindo;
Desculpa, que é nosso irmão

A quem te peça um favor,
Embora dizendo "não",
Sem grita e sem aspereza,
Atende, que é nosso irmão.

Diante de todo aquele
Que sofre na provação,
O Cristo pede em silêncio:
- "Ampara, que é nosso irmão"


24 janeiro 2014

Vitória da Vida (Pelo Espírito Nílson. Psicofonia: Divaldo Pereira Franco)
















Mensagem ouvida durante a reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, na noite de 30 de dezembro de 2013, em Salvador, Bahia.


Meus irmãos:

Sou eu que volto, sob a proteção da Divina Misericórdia.

A vida triunfa sobre a morte e, há quarenta dias, desde o momento final no corpo, o amor incondicional do Pai prossegue socorrendo-me, de modo que neste momento eu possa dizer com o coração túmido de saudade, mas com o Espírito exultante: Estou vivo!

Tenho orado, com fervor, aguardando este momento de reencontro para agradecer a Deus a felicidade incomparável da longa existência aureolada de bênçãos que reconheço não merecer.

Nossa Benfeitora trouxe-me hoje, às vésperas do encerramento do ano, para agradecer tudo quanto recebi durante a existência e, particularmente, nos dois últimos anos de impedimento e de limitação.

De alma ajoelhada, agradeço o devotamento, o respeito, o carinho de que fui objeto, mais especialmente a vigília dos filhos, de Gerulina, das cuidadoras e a paciência dos irmãos da Casa Grande, que não se enfastiaram com o meu demorado processo de libertação.

Agradeço as homenagens que me foram oferecidas, as condolências, as lembranças, todo esse colar de bondosas referências que não condizem com a minha existência humilde, sempre em plano secundário, de trabalhador braçal que sempre me considerei...

Desejo registrar as emoções profundas, falar das alegrias incontáveis do reencontro com os seres queridos, alguns dos quais de saudosas recordações.

Agradeço a todos que não me atrevo a nomear, que usaram de misericórdia para com o velho amigo causador de problemas... Que me perdoem os erros que não pude superar, as imperfeições que não consegui corrigir e a pequenez que não pude transformar em grandeza moral.

Comovo-me com as saudades daqueles que me amam e suplico que sejam felizes.

Suplico a Deus que transforme nossa Casa de amor num santuário de misericórdia, porque tudo passa mas o amor permanece.

Ninguém nunca se arrependerá por ter agido com misericórdia, compaixão e amor.

Que o nosso ninho de esperança permaneça como o lar dos que não têm abrigo, a estância, última que seja, para o repouso, na certeza de que, aqui entre nós, de ambos os lados, Jesus estará de braços abertos dizendo com suavidade: Vem, meu filho, este lar é teu!

Perdoem-me as emoções. É a primeira experiência. Embora preparando-me para este momento, a mente desatrela o corcel das lembranças, das saudades, da gratidão...

Eu suplico que as preces continuem envolvendo-me para que eu possa corresponder às expectativas dos corações que me amam.

Paz e misericórdia, gratidão profunda e súplica em favor de todos os que sofrem.

O velho companheiro agradecido,



23 janeiro 2014

Desapego (Pelo Espírito Emmanuel. Livro: Intervalos.Psicografia: Chico Xavier)













A cobrança é um problema realmente aflitivo, à maneira de nuvem, eclipsando a beleza e o brilho do serviço cristão.

É imperioso anotar, porém, que não somente o dinheiro vem a ser o objeto disputado nos processos de retribuição na lavoura do espírito.

Há quem exija dos outros variadas formas de pagamento, reclamando pesados impostos de reconhecimento, de apreço afetivo, de considerações sociais...

Apregoa-se, então, a caridade, como quem abraça um negócio qualquer, em que a velha filosofia do “dou para que me dês” constitui a mola viva de toda e qualquer manifestação.

Contudo, ao sol do Evangelho, se efetivamente nos propomos alcançar a comunhão com Jesus,o desinteresse pessoal deve representar o selo de nossa boa vontade e a garantia de nossa fé.

Não importa que os outros te menoscabem as ações, com evidente desrespeito ao teu modo de atuar ou de ser.

Vale o amor com que te empenhas ao dever retamente cumprido, de vez que todas as possibilidades da vida pertencem originariamente a Deus.

A criatura que ao Bem se consagra, sem a preocupação de avocar para si a autoria dos pensamentos enobrecidos e das obras edificantes, recebe do Alto infinita capacidade de estender esse mesmo Bem.

Recorda que o charco de hoje, se ajudado, pode ser amanhã o campo bendito para a colheita farta e não te esqueças de que o fruto, agora verde, se respeitado, pode ser, depois, o reconforto de tua mesa.

Jesus não estabeleceu qualquer mercado para a distribuição dos dons divinos.

Afeiçoemo-nos, pois, a Ele, que tudo deu de si sem pensar em si, confiando-se à suprema renúncia, a benefício de todos, e, longe das prisões forjadas pelos tributos terrestres, nossas almas ascenderão, em voos sempre mais altos e sempre mais livres, no rumo certo da gloriosa imortalidade.



22 janeiro 2014

Fica Conosco, Senhor (Pelo Espírito Maria Dolores. Livro: Caridade, Médium. Psicografia: Chico Xavier)



















Senhor Jesus,
Sobre a Terra de agora, ansiosa e agitada,
Que a ciência domina,
Muitas idéias novas pela estrada
Sonegam-te, no mundo, a Presença Divina...

O homem super-culto,
Nas invenções geniais e nos feitos de vulto,
Experimenta, experimenta...
Entretanto, Senhor, por mais se lhe permite
Revelações dos céus, sem pausa e sem limite,
Ei-lo na indagação
Em que não se contenta...

Projetando satélites no Espaço
E entesourando láureas da cultura
Nem por isso largou-se
Do tédio, do azedume, do cansaço
De alma triste e insegura...

Toda a Terra é um arsenal de máquinas potentes...
Sondas, computadores...
Investiga-se os mundos exteriores,
Conclama-se ao progresso
Todos os continentes...

Mas a guerra campeia,
O cérebro sem fé como que se incendeia
E a violência se espalha mundo afora...
É por isso, Jesus, que te pedimos:
Fica conosco, em nossos vales,
Enquanto tantos gênios
Pairam em altos cimos,
Brilhando sem saber onde os bens e onde os males!...
Conserva-nos a fé por luz acesa
E ajuda-nos a ver na terrestre grandeza
Com a benção de amor em que nos guardas.
As longas retaguardas
Dos irmãos despojados de esperança,
A fim de socorrê-los em teu nome...

Atenua, Senhor, a mágoa dessas vidas
Que a tristeza consome
Na dor que não descansa.
Ergue de novo, os corações caídos
Em desesperação
A buscarem na cinza os ausentes queridos
Que a morte lhes furtou em processo violento,
Ajuda-nos a ver o sofrimento
Que o radar não percebe e o motor não consola...
Substitui, Jesus, pleno apoio da escola
A sombra do presídio que segrega
Os irmãos que a revolta inda inspira e carrega
Para os despenhadeiros da existência...

Fica conosco, Mestre, e faze-nos prover
De auxílio e reconforto,
O sentimento amargo e semi-morto
Da multidão sem paz, a chorar e a sofrer...

Na fé que o teu amparo nos descerra
Deixa-nos atingir o coração da Terra!...
Faze que o Sol da Caridade
A irradiar-te as bênçãos de alegria,
Envolva, dia a dia,
O pão que nutre o Bem de Toda a Humanidade.
Não nos deixes a sós
E ensina-nos, Senhor,
A encontrar finalmente em cada um de nós
O caminho de luz do teu reino de amor!...


21 janeiro 2014

A Brandura (Pelo Espírito Andradina América de Andrada e Oliveira. Livro: Antologia dos Imortais. Psicografia: Chico Xavier)















Asserena-te e vara a desventura
No caminho de dor, áspero e azedo;
Serenidade – o lúcido segredo
Em que a vida se eleva e transfigura.

Tudo cresce na força da brandura.
A água desgasta os punhos do rochedo;
Olha a chuva cantando no arvoredo,
A transfundir-se em pão, bondosa e pura.

De coração batido e lodo à face,
Inda que o fel da injúria te transpasse,
Semeia o bem que as mágoas alivia...

Mesmo trazendo o peito por cratera,
Suporta, ampara e crê, ajuda e espera,
Que amanhã será sempre novo dia.

20 janeiro 2014

Mocidade E Velhice (Pelo Espírito André Luiz. Livro: Correio Fraterno. Psicografia: Chico Xavier)














Infância, juventude, madureza e velhice são simples fases da experiência material.

A vida é essência divina e a juventude é seiva eterna do espírito imperecível.

Mocidade da alma é condição de todas as criaturas que receberam com a existência o aprendizado sublime, em favor da iluminação de si mesmas e que acolheram no trabalho incessante do bem o melhor programa de engrandecimento e ascensão da personalidade.

A velhice, pois, como índice de senilidade improdutiva ou enfermiça, constitui, portanto, apenas um estado provisório da mente que desistiu de aprender e de progredir nos quadros de luta redentora e santificante que o mundo nos oferece.

Nesse sentido, há jovens no corpo físico que revelam avançadas características de senectude, pela ociosidade e rebeldia a que se confinam, e velhos na indumentária carnal que ressurgem sempre à maneira de moços invulneráveis, clareando as tarefas de todos pelo entusiasmo e bondade, valor e alegria com que sabem fortalecer os semelhantes na jornada para a frente.

Se a individualidade e o caráter não dependem da roupa com que o homem se apresenta na vida social, a varonilidade juvenil e o bom ânimo não se acham escravizados à roupagem transitória.

O jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amanhã; e o ancião de agora, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro.

Lembramo-nos, porém, de que a Vida é imortal, de que o Espiritismo é escola ascendente de progresso e sublimação, de que o Evangelho é luz eterna, em torno da qual nos cabe dever de estruturar as nossas asas de Sabedoria e de Amor e, num abraço compreensivo de verdadeira fraternidade, no círculo das esperanças, dificuldades e aspirações que nos identificam uns com os outros, continuemos trabalhando.


19 janeiro 2014

Casa Espiritual (Pelo Espírito Emmanuel. Livro: Vinha de Luz. Psicografia: Chico Xavier)



















"Vós, também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual." - Pedro. (I PEDRO, 2:5.)

Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.

Valendo-nos do símbolo, recordamos que existem casas ao abandono, caminhando para a ruína, e outras que se revelam sufocadas pela hera entrelaçada ou transformadas em redutos de seres traiçoeiros e venenosos da sombra; aparecem, de quando em quando, edificações relaxadas, cujos inquilinos jamais se animam a remover o lixo desprezível e observam-se as moradias fantasiosas, que ostentam fachada soberba com indisfarçável desorganização interior, tanto quanto as que se encontram penhoradas por hipotecas de grande vulto, sendo justo acrescentar que são raras as residências completamente livres, em constante renovação para melhor.

O aprendiz do Evangelho precisa, pois, refletir nas palavras de Simão Pedro, porque a lição de Jesus não deve ser tomada apenas como carícia embaladora, e sim, por material de construção e reconstrução da reforma integral da casa íntima.

Muita vez, é imprescindível que os alicerces de nosso santuário interior sejam abalados e renovados.

Cristo não é somente uma figuração filosófica ou religiosa nos altiplanos do pensamento universal.

É também o restaurador da casa espiritual dos homens.

O cristão sem reforma interna dispõe apenas das plantas do serviço.

O discípulo sincero, porém, é o trabalhador devotado que atinge a luz do Senhor, não em benefício de Jesus, mas, sobretudo, em favor de si mesmo.

18 janeiro 2014

Evolução E Vida (Pelo Espírito Dario Velloso. Livro: Através do Tempo. Psicografia: Chico Xavier)
























OBS: Esse livro foi ditado por Diversos Espíritos.



... E tudo jaz ao longe, ante a força da Historia...
A cultura da Pérsia e a riqueza do Egito...
Surge a Grécia elevando estandarte bendito,
Vai-se Roma ostentando a pompa transitória!...

Guerras da antiguidade! O mundo ansioso e aflito...
Ascensão, treva e luz, decadência e vitória...
O instante de esplendor e a noite merencória
Das civilizações sedentas de Infinito!...

E tudo passará para nascer de novo,
Céu a céu, flor a flor, ser a ser, povo a povo,
Na luz da Evolução soberana e incontida!...

Mas, de tudo a que a Morte imponha o gládio escuro,
O Amor renascerá sempre mais belo e puro,
Por presença de Deus no sustento da Vida!...



17 janeiro 2014

Nunca Te Isoles (Pelo Espírito Marta. Livro: Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia: Chico Xavier)




















Nunca te isoles entre os mananciais da vida;
A vida é o eterno bem que nos foi dado,
Para que o multiplicássemos indefinidamente...
E a alma que se abandona,
Ao sofrimento ou ao bem-estar,
É um deserto sem oásis,
Onde outras almas sentem fome e sede.

Multiplicar a vida
É amar sem restrições
A flor, a ave, os corações,
Tudo o que nos rodeia.
Atenuar a dor alheia,
Sorrir aos infelizes,
Bendizer o caminho que nos leva
Da treva para luz;
Agradecer a Deus, que é Pai bondoso,
O firmamento, o luar, as alvoradas,

Ler a sua epopéia feita de astros,
Ter a bondade ingênua das crianças,
Tecer o fio eterno da esperança
Por onde se sobe ao Céu;
Dar sorrisos, dar luzes, dar carícias,
Dar tudo quanto temos,
Tudo isto é amar multiplicando a vida,
Que se estende infinita no Infinito.

Dar a lição de paciência se sofremos,
Dar um pouco de gozo se gozamos,
É guardarmos a semente
Da Vida
Em leivas verdejantes,
E a qual há de nos dar
Sombras amigas para descansarmos,
Indumentos de flores perfumadas
E frutos aos milhares,
Para nutrir as nossas alegrias
Nos jardins estelares...

16 janeiro 2014

Pontos A Ponderar (Pelo Espírito André Luiz. Livro: Ideal Espírita. Psicografia: Chico Xavier)

















- Confie resignado.
Passa o mal deixando a lição.
Desaparece a enxurrada purificando o ambiente.

- Viva com discernimento.
O ato edificante é inconfundível.
O arado e a bomba cavam a terra de maneira diversa.

- Exemplifique a sua fé.
Sempre denunciamos a própria origem.
Cada meteorito traz determinada mensagem do espaço cósmico.

- Seja comedido.
Tudo o que constrói, pode destruir.
Toda faixa de solo pode ser berçário e cemitério da vida.

- Ajuda sem cessar.
Os testemunhos do bem qualificam o homem.
O movimento, a luz e o calor classificam o astro.

- Desenvolva o auto-aprimoramento.
A pior viciação pede esforço recuperativo.
O brilhante foi detrito do organismo terrestre.

- Fuja à violência.
A ação orientada vence a força.
O vento frágil desgasta a rocha maciça.

- Observe amorosamente.
Há beleza oculta na maior deformidade.
O tique da estrela existe como cintilação.



15 janeiro 2014

Renovação (Pelo Espírito Emmanuel. Livro: Correio Fraterno. Psicografia: Chico Xavier)














Não bastará desculpar os que nos ofendem, simplesmente com os lábios. É imprescindível que o nosso coração participe de semelhante atitude.

Não bastará, porém, que o consentimento se associe ao trabalho do perdão. É preciso esquecer todo o mal.

Contudo, não basta, ainda, que olvidemos o assalto, a pedrada, a calúnia, o golpe, a incompreensão ou a ingratidão. É necessário agir com o bem, auxiliando direta ou indiretamente os que nos feriram...

Através da prece que ajuda em silêncio...

Por intermédio de nova sementeira de fraternidade e simpatia...

Pelas referências amigas ou pelo estímulo edificante...

Através da compreensão.

Por intermédio da boa vontade.

Pela demonstração de entendimento e confiança.

O inimigo, em qualquer caso, é terreno que precisamos recuperar para o plantio de nossa felicidade porvindoura.

A discórdia é espinheiro.

A desarmonia é perturbação.

O ódio é veneno.

A antipatia é delituosa displicência.

Não basta, pois, que nos desvencilhemos daqueles que nos incomodam, através da caridade fácil ou da palavra brilhante. Ë indispensável saibamos caminhar com eles, incentivando-lhes o soerguimento ou a elevação, a fim de que estejamos efetivamente no desempenho da Vontade do Senhor, onde estivermos.


14 janeiro 2014

Algo Mais (Pelo Espírito Meimei. Livro: Paz e Renovação. Psicografia: Chico Xavier)
















Um crente sincero na Bondade do Céu, desejando aprender como colaborar na construção do Reino de Deus, pediu, certo dia, ao Senhor a graça de compreender os Propósitos Divinos e saiu para o campo.

De início, encontrou-se com o Vento, que cantava, e o Vento lhe disse:

- Deus mandou que eu ajudasse as sementeiras e varresse os caminhos, mas eu gosto também de cantar, embalando os doentes e as criancinhas.

Em seguida, o devoto surpreendeu uma Flor que inundava o ar de perfume, e a Flor lhe contou:

- Minha missão é preparar o fruto; entretanto, produzo também o aroma que perfuma até mesmo os lugares mais impuros.

Logo após, o homem estacou ao pé de grande Árvore, que protegia um poço d’água, cheio de rãs, e a Árvore lhe falou:

- Confiou-me o Senhor a tarefa de auxiliar o homem; contudo, creio que devo amparar igualmente as fontes, os pássaros e os animais.

O visitante fixou os feios batráquios e fez um gesto de repulsa, mas a Árvore continuou:

- Estas rãs são boas amigas. Hoje posso ajudá-las, mas depois serei ajudada por elas, na defesa de minhas próprias raízes, contra os vermes da destruição e da morte.

O devoto compreendeu o ensinamento e seguiu adiante, atingindo uma grande cerâmica.

Acariciou o barro que estava sobre a mesa e o Barro lhe disse:

- Meu trabalho é o de garantir o solo firme, mas obedeço ao oleiro e procuro ajudar na residência do homem, dando forma a tijolos, telhas e vasos.

Então, o devoto regressou ao lar e compreendeu que para servir na edificação do Reino de Deus é preciso ajudar aos outros, sempre mais, e realizar, cada dia, algo mais do que seja justo fazer.


13 janeiro 2014

O Espírita Deve Ser (Pelo Espírito André Luiz. Livro: Ideal Espírita. Psicografia: Chico Xavier)


















O espírita deve ser verdadeiro, mas não agressivo, manejando a verdade a ponto de convertê-la em tacape na pele dos semelhantes.

Bom, mas não displicente que chegue a favorecer a força do mal, sob o pretexto de cultivar a ternura.

Generoso, mas não perdulário que abrace a prodigalidade excessiva, sufocando as possibilidades de trabalho que despontam nos outros.

Doce, mas não tão doce que atinja a dúbia melifuidade, incapaz de assumir determinados compromissos na hora da decisão.

Justo, mas não implacável, em nome da justiça, impedindo a recuperação dos que caem e sofrem.

Claro, mas não desabrido, dando a ideia de eleger-se em fiscal de consciências alheias.

Franco, mas não insolente, ferindo os outros.

Paciente, mas não irresponsável, adotando negligência em nome da gentileza.

Tolerante, mas não indiferente, aplaudindo o erro deliberado em benefício da sombra.

Calmo, mas não tão sossegado que se afogue em preguiça.

Confiante, mas não fanático que se abstenha do raciocínio.

Persistente, mas não teimoso, viciando-se em rebelar-se.

Diligente, mas não precipitado, destruindo a si próprio.

"Conhece-te a ti mesmo" - diz a filosofia, e para conhecer a nós mesmos, é necessário escolher atitude e posição de equilíbrio, seja na emotividade ou no pensamento, na palavra ou na ação, porque, efetivamente, o equilíbrio nunca é demais.


12 janeiro 2014

A Semente de Mostarda (Pelo Espírito Emmanuel. Livro: Construção Do Amor. Psicografia: Chico Xavier)















“Se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda” ... – assim falou o Senhor.

Importante indagar porque não teria o Mestre recorrido a outros símbolos.

Jesus poderia ter destacado a grandeza da fé, buscando quadros mais sugestivos.

A beleza do Hermon ...

A poesia do lago de Genesaré ...

O esplendor do firmamento galileu ...

A riqueza do Templo de Jerusalém ...

Todos esses primores da paisagem que O circulava ofereciam temas vivos para a exaltação da sublime virtude.

Entretanto, o Benfeitor Celeste toma a semente minúscula da mostarda, como a dizer-nos que sem o reconhecimento de nossa própria pequenez à frente do Eterno Amor e da Eterna Sabedoria não conseguiremos amealhar o tesouro do entendimento e da confiança que a fé consubstancia em si mesma.

A semente microscópica desaparece, em verdade, no seio da Terra, qual se fora inútil ou desprezível, todavia, não se abandona à inércia, por sentir-se relegada ao abandono aparente.

Confia-se às leis que nos regem, e, na dinâmica da obediência construtiva, desvencilha-se dos envoltórios inferiores que a encarceram, germina, vitoriosa, e cresce para produzir, não para si mesma, mas para benefício dos outros, num eloquente espetáculo de bondade espontânea, ante a majestade da natureza.

Possa o nosso coração, no solo das experiências humanas, copiar-lhe o impulso de simplicidade e serviço e a nossa existência será testemunho insofismável da magnificência divina cuja sublimidade passaremos então a refletir.

Cessemos nossas indagações descabidas e busquemos na Criação o justo lugar que nos compete.

Nem com o brilho do diamante, nem com a cintilação do ouro ... nem com a sedução da prata, nem com a aristocracia do mármore, em que tantas vezes procurado simplesmente a ilusão do poder que a morte arrebata e modifica, mas, sim com a humildade viva do grão de mostarda que, arrojado à solidão da Terra, sabe vencer, desabrochar, florir e cooperar na extensão do brilho de Deus.



11 janeiro 2014

Prece Em Desobsessão (Pelo Espírito Albino Teixeira. Livro: Paz e Renovação. Psicografia: Chico Xavier)















Deus de Infinita Bondade!

Na supressão dos conflitos, em que nos inimizamos uns com os outros, induze-nos a ver, na condição de perseguidos, se não temos sido perseguidores.

Em colhendo aflições e lágrimas, faze-nos observar se não temos semeado lágrimas e aflições nas estradas alheias.

Ajuda-nos a receber ofensas por medicação que nos cure as enfermidades do espírito, e a acolher em nosso adversário instrumentos da vida, que nos experimentam a capacidade de compreender e servir, conforme os preceitos que Jesus exemplificou.

Não se deixes, ò Pai de Misericórdia, identificar nos companheiros menos felizes que nos imponham problemas, senão irmãos com que necessitamos recompor o próprio caminho, em bases de fraternidade e paz.

Auxilia-nos a verificar que todo processo de obsessão é compartilhado pela vítima e pelo agressor; leva-nos a reconhecer que unicamente com a luz do Bem é que dissiparemos a sombra do mal; e ensina-nos, ò Deus de Infinita Sabedoria, que o amor, - e só o amor,- é a Tua vontade para todas as criaturas, em toda parte e para sempre.

Assim seja.



10 janeiro 2014

Coração Infantil (Pelo Espírito Meimei. Livro: Comandos do Amor. Psicografia: Chico Xavier)













OBS: Este livro foi ditado por diversos Espíritos.



Não relegues à sombra a criança que te pede aconchego ao templo do coração.

Ave implume no ninho de teus braços, desferirá seu voo para os céus do futuro, transportando consigo a tua mensagem....

Cera frágil e delicada ao toque de tuas mãos, revelará no porvir as ideias que hoje plasmas em sua textura de flor...

Não lhe agraves no livro puro das impressões nascentes, senão caracteres da luz que te abençoem a memória.

Esses olhos surpresos que te observam as atitudes, esses ouvidos minúsculos que te guardam a palavra direta e essa alma doce e tenra que se levanta para a escola dos homens, assimilará teus exemplos, retratando-te a vida.

Ensina-lhes a conquista do Bem, para que o mal não se desenvolva, sufocando-te as horas.

O divertimento do berço é o prelúdio da atividade na praça pública.

O brinquedo do lar inspira o trabalho no mundo.

Por que plantar no solo da experiência infantil as sementes de arrogância e preguiça, perversidade e destruição?

É justo acordes a criancinha para a noção da própria dignidade, mas, é lamentável lhe induzas ao crime.

É natural que o menino de agora se erga para o valor com que se mantenha acima das vicissitudes humanas, entretanto, devemos chorar sobre nossa própria maldade, toda vez que lhe inclinemos o espírito aos delitos da violência.

Coopera com o Senhor de Nossos Destinos, amparando os rebentos do campo terrestre, para que não se detenham, mais tarde, nas grades da corrigenda ou nos sepulcros da frustração.

Responderemos pelas miragens com que lhe formamos os sentimentos.

Compadece-te, pois, da criança que respira e sonha ao teu lado, auxiliando-a pensar e servir, a fim de que o trabalho lhe enriqueça o caminho e para que a educação lhe norteie o caráter.

Por amor ao teu próprio futuro, auxilia-a a crescer nos padrões do Divino Benfeitor, que nos advertiu, entre a responsabilidade e a ternura:

- Deixai vir a mim os pequeninos!...

E, conduzindo a Jesus as crianças de hoje, teremos o Reino de Deus na Terra, construído em favor de nós todos, pelos artífices de amanhã.


09 janeiro 2014

Teus Filhos (Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia: Chico Xavier)


















Se conflitos inquietantes te envenenam a alma, obstando-te a harmonia conjugal, as leis da vida não te impedem a separação do companheiro ou da companheira, com quem a convivência se te fez impraticável, embora, com isso, estejas debitando ao futuro a solução de graves compromissos em tua vida de espírito...

Entretanto, pensa nos filhos.

Almas queridas que viajaram das estâncias do passado, pelas vias da reencarnação, desembarcaram no presente, através dos teus braços, suplicando-te auxílio e renovação.

Quem são eles?

Habitualmente, são aqueles mesmos companheiros de alegria e sofrimento, culpa e resgate, nas existências passadas, em cujo clima resvalaste em problemas difíceis de resolver.

Ontem, associados de trabalho e ideal, são hoje os continuadores de tua ação ou intérpretes de tuas obras.

Quase sempre, renascemos na Terra à maneira das vergônteas de uma raiz, e, em nosso caso, a raiz é o conjunto de débitos e aspirações em que se nos desdobram os dias terrestres, objetivando nossa ascensão espiritual.

Os filhos não te pedem apenas dinheiro ou reconforto no plano físico. Solicitam-te igualmente assistência e rumo, apoio e orientação.

Se te uniste com alguém no tálamo doméstico, semelhante comunhão encerra também todos aqueles que acolhes na condição de herdeiros do teu nome, a te rogarem proteção e entendimento, a fim de que não lhes faleçam o dom de servir e a alegria de viver.

Em verdade, repetimos, as leis da vida não te impedem o divórcio, porque situações calamitosas existem no mundo nas quais a alma encarnada se vê sob a ameaça de naufrágio nas pesadas correntes do suicídio ou da criminalidade, e o Senhor não faz a apologia da violência.

Apesar disso, considera a extensão dos teus compromissos, porquanto não te reunirias com alguém no âmago do recinto caseiro para a criação da família ou para a sustentação de tarefas específicas, sem razões justas nos princípios de causa e efeito, evolução e aperfeiçoamento.

Sejam, pois, quais forem as circunstâncias constrangedoras que te afligem o lar, reflete, acima de tudo, em teus filhos, que precisam de ti.

A tua união inclui particularmente cada um deles; e eles, que necessitam hoje de tua bênção, se buscas esquecer-te a fim de abençoá-los, amanhã também te abençoarão.



08 janeiro 2014

Crianças Doentes (Pelo Espírito Meimei. Psicografia: Chico Xavier)
















Acalentas nos braços o filhinho robusto que o lar te trouxe e, com razão, te orgulhas dessa pérola viva. Os dedos lembram flores desabrochando, os olhos trazem fulgurações dos astros, os cabelos recordam estrias de luz e a boca assemelha-se a concha nacarada em que os teus beijos de ternura desfalecem de amor.

Guarda-o, de encontro ao peito, por tesouro celeste, mas estende compassivas mãos aos pequeninos enfermos que chegam a Terra, como lírios contundidos pelo granizo do sofrimento.

Para muitos deles, o dia claro ainda vem muito longe...

São aves cegas que não conhecem o próprio ninho, pássaros mutilados, esmolando socorro em recantos sombrios da floresta do mundo... Às vezes, parecem anjos pregados na cruz de um corpo paralítico ou mostram no olhar a profunda tristeza da mente anuviada de densas trevas.

Há quem diga que devem ser exterminados para que os homens não se inquietem; contudo, Deus, que é a Bondade Perfeita, no-los confia hoje, para que a vida, amanhã, se levante mais bela.

Diante, pois, do teu filhinho aquinhoado de reconforto, pensa neles!... São nossos outros filhos do coração, que volvem das existências passadas, mendigando entendimento e carinho, a fim de que se desfaçam dos débitos contraídos consigo mesmos...

Entretanto, não lhes aguardes rogativas de compaixão, de vez que, por agora, sabem tão-somente padecer e chorar.

Enternece-te e auxilia-os, quanto possas!...

E, cada vez que lhes ofertes a hora de assistência ou a migalha de serviço, o leito agasalhante ou a lata de leite, a peça de roupa ou a carícia do talco, perceberás que o júbilo do Bem Eterno te envolve a alma no perfume da gratidão e na melodia da bênção.


07 janeiro 2014

Perante Os Problemas Maternais (Pelo Espírito Bezerra de Menezes. Livro: Apelos Cristãos. Psicografia: Chico Xavier)















I

As nossas irmãs que se fizerem mães, juntamente com os seus filhinhos, atrairão sempre a assistência do Alto, na caminhada redentora.


II

Quanto às nossas tarefas de mãe, prossigamos confiando na Infinita Bondade de Jesus, que nunca nos abandona.

Conservemos a firmeza de atitudes, revestindo o nosso carinho maternal de Amor Puro e guardando a certeza de que Jesus nos sustentará.


III

Sustentemos a calma por clima constante no coração.

O ministério de mãe -  redentora tarefa de alegrias e angústias  –  prosseguirá amparado por muitos Amigos da Esfera Superior.

Marchemos ao encontro da vontade de Jesus e Jesus virá ao encontro da nossa.


IV

Sob os testemunhos do amor materno, não faltará o socorro do Senhor.

Sigamos ao encontro de nossa luta, guardando a certeza de que a Bênção de Jesus estará conosco.


V

O sacrifício das mães é a bênção maior dos filhos. Ajudemos, como sempre, aqueles que o Senhor nos concedeu aos braços amorosos por brilhantes a burilar.

A hora porém é de resistência moral e de novos testemunhos de fé, porquanto o carinho maternal, embora sempre ao lado dos filhos em dificuldades, não poderá eximi-los das suas responsabilidades naturais.


VI

As forças maternais serão sempre renovadas, na missão redentora, pelos Amigos Espirituais constantemente a postos.

Quanto possível, evitemos acréscimo de preocupações em benefício de nós mesmos.


VII

Auxiliemos aos filhos, quanto se nos faça possível, guardando sempre uma posição digna e tranquila, na certeza de que o amparo do Senhor não nos faltará. Só assim as nossas atitudes estarão em harmonia com os nossos deveres maternais.


VIII

Amigos da Espiritualidade Superior dispensam assistência habitual em favor da manutenção da paz, na solução dos inquietantes problemas que afligem o coração materno.



06 janeiro 2014

Amparo Oculto (Pelo Espírito Maria Dolores. Livro: Somente Amor. Psicografia: Chico Xavier)
















Não lamentes, alma boa,
Contratempo que aconteça,
Que a luta não te esmoreça,
Nada existe sem valor;
Aquilo que te parece
Um desencanto de vulto
É sempre socorro oculto
Que desponta em teu favor.

Uma viagem frustrada,
Uma festa que se adia,
Uma palavra sombria
Que encerra uma diversão;
O desajuste num carro,
Um desgosto pequenino,
Alteram qualquer destino
Em forma de salvação.

Não chores por bagatelas,
Guarda a fé por agasalho,
Deus te defende o trabalho,
Atuando em derredor;
Contrariedades no tempo,
Quase sempre, em maioria,
É amparo que o Céu te envia
Por bênção do mal menor.



05 janeiro 2014

Canção da Imortalidade (Pelo Espírito Joanna De Ângelis. Psicografia: Divaldo Pereira Franco)



















Mensagem recebida no dia 30 de agosto de 2013, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.


A vida física é um processo evolutivo para o Espírito que se veste de matéria para as experiências necessárias à sua iluminação.

Dessa forma, cada existência carnal constitui abençoado ensejo para o desenvolvimento dos sublimes tesouros que dormem em germe no ser.

Passo a passo desperta a essência divina de que todos se constituem, em razão da sua gênese que é o amor de nosso Pai Celeste.

Mediante os pensamentos, palavras e atos praticados, edificam-se as futuras jornadas, sempre decorrentes das anteriores, qual acontece em uma classe de estudos, cuja promoção para nível superior sempre depende de aprendizagem adquirida.

Quando ocorrem descuidos e deslizes morais, comportamentos insalubres e agressivos que perturbam a marcha do conhecimento, é estabelecida a necessidade da repetição do currículo, a fim de que venha a constituir alicerce para o somatório de novas informações.

De igual maneira ocorre na aquisição dos inestimáveis recursos intelectuais e morais, que faculta ao Espírito ser o autor da felicidade ou da desdita que lhe assinala a caminhada no rumo da perfeição.

Não existem exceções nos Códigos Soberanos da Divina Justiça, todos experimentam os mesmos desafios, graças aos quais apresentam-se portadores de diferentes níveis de consciência e de desenvolvimento ético-moral.

A imortalidade é, portanto, a meta a atingir através das sucessivas reencarnações, que são os diferentes degraus a conquistar, na simbologia da bíblica escada de Jacó, que conduz ao Infinito.

Em razão, portanto, do impositivo de crescimento para Deus, cabe a cada criatura o esforço para desembaraçar-se das paixões primitivas que a mantêm na ignorância e na sensualidade por onde transitou, adquirindo outros valores de natureza enobrecida, que lhe facultarão a harmonia interior, a saúde e a coragem para a luta incessante.

A morte física, em consequência, é um fenômeno biológico natural que alcança apenas a forma, o invólucro material que é deixado após o seu uso, prosseguindo a vida em outra dimensão e vibração de energia, na condição de princípio inteligente, que é o Espírito imortal.

Necessário que se considere a inevitabilidade da desencarnação, pensando diariamente na sua ocorrência, a fim de que não se seja surpreendido quando se der.

Distraído pelas sensações do corpo, o Espírito apega-se à matéria e às suas concessões, permite-se fixação perturbadora, de que terá que se libertar, não raro, a contributo do sofrimento, mediante a perturbação que o assalta além das fronteiras carnais.

Estás destinado à plenitude ou reino dos Céus, conforme a promessa de Jesus.

Não recalcitres ante o impositivo das Leis, que nem sempre respondem como gostarias aos apelos aflitivos durante o trânsito carnal.

Mergulha o pensamento e a emoção nas páginas libertadoras do Evangelho de Jesus, a fim de que possas insculpi-las na conduta diária, utilizando-te das mesmas como metodologia iluminativa ante as circunstâncias obscuras do período existencial.

Nada te acontece por acaso, por capricho do destino.

O teu é o destino reservado aos triunfadores, que somente depende de como te comportes e desejes.

Desde que compreendes a Lei de Amor a que Jesus se referiu e viveu, mais facilmente enfrentarás os problemas que te surgirão à frente e os transformarás em lições de sabedoria.

Enquanto os insensatos desesperam-se ante as ocorrências mais desagradáveis, entregam-se à revolta e à blasfêmia, como se fossem eleitos e incorruptíveis, que não merecessem passar pelos mesmos caldeamentos a que todos estão sujeitos, permanece fiel ao dever, com paciência e coragem, de modo a enfrentares todas as vicissitudes com a alegria de alguém que se liberta das dívidas adquiridas anteriormente.

Jamais consideres que sofrimento é infelicidade ou desgraça, já que sabes que somente és chamado a resgatar compromissos que foram desrespeitados e atitudes que foram praticadas em agressão aos códigos do Bem.

Na transitoriedade terrena, todas as dores logo passarão e deixarão as marcas abençoadas ou afligentes que decorram da maneira como as enfrentares.

Desgraça real é o mal que possas fazer, são as atitudes de soberba e de ressentimento que cultives, as agressões e rebeldias que já não devem fazer parte da tua existência.

Da forma como te preparas para qualquer realização futura, também organiza-te para que a morte, quando chegar, te encontre rico de valores e de paz, não te causando qualquer tipo de aflição ou de choque.

Além do túmulo, continuarás conforme te encontras, dando prosseguimento aos compromissos abraçados, que não serão interrompidos, porque a vida estende-se além das vibrações do organismo físico.

Poderás continuar amando aqueles que ficarão na retaguarda, ajuda-los-á no crescimento pessoal, de modo que o amor continuará lenindo a saudade que, de alguma forma, é uma expressão de ternura que o afeto coloca no ser.

Não te desesperes ante os seres amados que a morte arrebatou momentaneamente do teu lado.

Eles prosseguem vivendo e cantam o hino da imortalidade.

Faze silêncio interior para ouvir-lhes as vozes, sentir-lhes as emoções, orares com eles e cresceres também no rumo da espiritualidade.

Eles te esperam com imensa alegria, porque sabem quão rapidamente passa o período orgânico na Terra.

Ora por eles com gratidão por tudo quanto te significam e os envolve em carinho, pois que o amor é a presença de Deus em todo o universo.


Recomeçando

                                                Caros Seguidores & Visitantes

Desculpem a nova longa ausência, motivada por um monte de problemas na vida real.

Bom,Ano Novo,tempo de recomeçar a blogagem. E vamos com Fé.

                                                               Grata

                                                                Lícia