18 março 2012

Para Refletir (Salmo 102)

















(Oração do aflito, vendo-se desfalecido, e derramando a sua queixa perante a Face do Senhor)

1. Senhor, ouve a minha oração, e chegue a Ti o meu clamor.

2. Não escondas de mim o Teu Rosto no dia da minha angústia, inclina para mim os Teus Ouvidos; no dia em que eu clamar, ouve-me depressa.

3. Porque os meus dias se consomem como a fumaça, e os meus ossos ardem como lenha.

4. O meu coração está ferido e seco como a erva, por isso me esqueço de comer o meu pão.

5. Por causa da voz do meu gemido os meus ossos se apegam à minha pele.

6. Sou semelhante ao pelicano no deserto; sou como um mocho nas solidões.

7. Vigio, sou como o pardal solitário no telhado.

8. Os meus inimigos me afrontam todo o dia; os que se enfurecem contra mim têm jurado contra mim.

9. Pois tenho comido cinza como pão, e misturado com lágrimas a minha bebida,

10. Por causa da Tua ira e da Tua indignação, pois Tu me levantaste e me arremessaste.

11. Os meus dias são como a sombra que declina, e como a erva me vou secando.

12. Mas tu, Senhor, permanecerás para sempre, a Tua memória de geração em geração.

13. Tu te levantarás e terás piedade de Sião; pois o tempo de Te compadeceres dela, o tempo determinado, já chegou.

14. Porque os Teus servos têm prazer nas suas pedras, e se compadecem do seu pó.

15. Então os gentios temerão o nome do Senhor, e todos os reis da terra a Tua glória.

16. Quando o Senhor edificar a Sião, aparecerá na Sua glória.

17. Ele atenderá à oração do desamparado, e não desprezará a sua oração.

18. Isto se escreverá para a geração futura; e o povo que se criar louvará ao Senhor.

19. Pois olhou desde o alto do seu santuário, desde os céus o Senhor contemplou a terra,

20. Para ouvir o gemido dos presos, para soltar os sentenciados à morte;

21. Para anunciarem o nome do Senhor em Sião, e o seu louvor em Jerusalém,

22. Quando os povos se ajuntarem, e os reinos, para servirem ao Senhor.

23. Abateu a minha força no caminho; abreviou os meus dias.

24. Dizia eu: Meu Deus, não me leves no meio dos meus dias, os Teus anos são por todas as gerações.

25. Desde a antiguidade fundaste a Terra, e os céus são obra das Tuas Mãos.

26. Eles perecerão, mas Tu permanecerás; todos eles se envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás, e ficarão mudados.

27. Porém Tu és o mesmo, e os Teus anos nunca terão fim.

28. Os filhos dos Teus servos continuarão, e a sua semente ficará firmada perante Ti.

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