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Atentos à verdade de que a morte, sendo a desencarnação da alma, nem sempre é a libertação do espírito, não podemos esquecer que as portas do sepulcro geralmente não acolhem criaturas purificadas, a caminho do Céu.
Há quem parta do mundo carreando paixões que lhe devastaram a mente, quem se despeça do corpo de carne sob labaredas invisíveis de ódio, e quem se afaste da experiência física cultivando a erva brava da ignorância,
requisitando o concurso das horas para que se reajustem e se esclareçam.
Não bastará, desse modo, ouvir os desencarnados e apreciar-lhes as manifestações fenomênicas para que estejamos na estrada segura do equilíbrio e da confiança.
Se a árvore é conhecida pelo fruto, na pauta do ensinamento evangélico, e, se não podemos definir o fruto sem identificar-lhe a espécie, é indispensável regular o aproveitamento do intercâmbio entre os dois mundos pelas demonstrações de luz, que os contatos entre criaturas encarnadas e desencarnadas possam operar claramente em si.
Reverenciamos os missionários do Bem, cuja influência salvadora nos toca de perto, plasmando-lhes o exemplo de sacrifício e compreensão humana em nossas próprias vidas e esqueçamos todos aqueles companheiros de jornada terrestre que, menos felizes que nós mesmos, ainda se confiam ao menor esforço e à ociosidade, à ilusão e ao personalismo inútil, porque, acima de tudo, somos localizados na gleba do tempo para aprender e auxiliar, amar e redimir.
Essa a razão pela qual o Cristo, ainda e sempre, é o nosso mais alto padrão de Humanidade, ensinando-nos separar o trigo do joio em nosso próprio coração, para que no reino escuro e egoísta de nosso próprio "eu", saibamos procurar e abraçar, pela sublimação de nós mesmos, o Reino Imarcescível de Deus.
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