
“Porque eu sou o menor dos apóstolos...” - Paulo. (I Coríntios, 15:9.)
Decididamente, muitos defeitos nos caracterizam ainda o progresso moral deficitário. Não nos será lícito, porém, esquecer algumas das bênçãos que já conseguimos amealhar com o amparo do Mestre Divino.
Não temos santidade; no entanto, já nos matriculamos na escola do bem,aprendendo a evitar as arremetidas do mal.
Não dispomos de sabedoria, mas já percebemos a importância do estudo,diligenciando entesourar-lhe os valores imperecíveis.
Não possuímos a inexpugnabilidade moral; todavia, já sabemos orar,organizando a própria resistência contra o assédio das tentações.
Não nos galardoamos ainda com o total desprendimento de nós mesmos,notadamente no capítulo do perdão incondicional; contudo, já aceitamos a necessidade de abandonar a concha do egoísmo, exercitando-nos em diminutos gestos de entendimento e fraternidade para alcançar a vivência da grande abnegação.
Não atingimos o sentimento imaculado; entretanto, pelo esforço na disciplina de nossas inclinações e desejos, já nos adestramos, a pouco e pouco, para a aquisição do amor puro.
Não entremostramos, de leve, o heroísmo da fé absoluta, mas já assimilamos o grau relativo de confiança na Divina Providência, buscando agradecer-lhe a paz dos dias serenos, tanto quanto invocando-lhe a proteção para a travessia das horas difíceis.
Sem dúvida, estamos muito longe, infinitamente muito longe da perfeição...
Cabe, porém, a nós, aprendizes do Evangelho, a obrigação de confrontar-nos hoje com o que éramos ontem e, a nosso ver, feito isso, cada um de nós pode, sem pretensão, parafrasear as palavras do apóstolo Paulo, nos versículos 9 e 10, do capítulo 15, de sua Primeira Epístola aos Coríntios: - "Dos servidores do Senhor, sei que sou o menor e o mais endividado perante a Lei, mas com a graça de Deus sou o que sou"...
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