
OBS: Esse livro foi ditado por diversos espíritos.
Doentes, sim, os há das mais várias espécies, que portam enfermidades pelo prazer de as carregar.
Senão, vejamos:
o invejoso é doente contumaz do coração;
o maledicente é doente pertinaz da língua;
o caluniador é doente do espírito;
o despeitado é doente do sentimento;
o malicioso é doente da virtude;
o negligente é doente do dever;
o avaro é doente da bondade;
o déspota é doente da afeição;
o mentiroso é doente do equilíbrio.
Existem, igualmente, os doentes cujos achaques estão sempre ao alcance a qualquer hora.
Há o achaque do estômago, ante a mesa farta;
há o achaque do coração ante recursos de médicos vários;
há o achaque dos rins, ante trabalhos a executar;
há o achaque das vias respiratórias, ante conforto e casa de campo;
há o achaque da insônia, sobre colchões de suave espuma;
há o achaque das carnes flácidas ante cosméticos e massagens;
há o achaque do fígado ante ociosidade e repouso;
há o achaque da cabeça ante despreocupação e comodidade;
há o achaque das alegrias, ante exames e testes, tratamentos e orientações médicas;
há o achaque do cansaço ante serviçais e comandados...
Muitos carregam doenças por prazer de serem infelizes, e outros são infelizes porque se não querem libertar das doenças.
Alguns possuem achaques e dores, porque dispõem de horas vazias e possibilidades mal aplicadas, e todos, reunidos, constituem a grande legião que bate à porta do Evangelho a pedir, mas não abrem a porta do coração para o Evangelho entrar.
Aquele que em Jesus encontrou a porta, penetra-a; quem O encontrou, guarde-O e siga-O, e “nenhum mal lhe acontecerá”.
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